A relação entre as duas principais criptomoedas do mundo, Bitcoin (BTC) e Ether (ETH), tem se separado cada vez mais nos últimos tempos, indicando uma mudança no mercado. A correlação contínua de 30 dias entre as mudanças nos preços do BTC e ETH caiu para 77%, a menor desde 2021, de acordo com o provedor de dados criptográficos Kaiko. Isso é consideravelmente mais fraco do que os 96% observados apenas dois meses atrás.
Pulkit Goyal, vice-presidente de negociação da OrBit Markets, afirmou que o enfraquecimento mais recente da correlação pode ser duradouro, o que significa que o BTC, que é o maior e mais líquido ativo digital do mundo, pode não mais ancorar o ETH e o mercado mais amplo. Goyal disse que à medida que a economia de oferta e demanda subjacente aos 2 tokens continuar a divergir, o BTC consolidará seu status como o “ouro digital”, enquanto que o ETH será visto como uma ação em crescimento ou um mercado emergente.
Em setembro de 2022, a Ethereum passou por um processo de mudança de mecanismo de consenso de prova de trabalho com uso intensivo de energia de verificação de transações até a configuração de prova de estaca. A quantidade de Éter queimado pela rede está intimamente ligada ao grau de uso da rede. Já o BTC continua a ser um ativo macro, seguindo os números da inflação e as mudanças esperadas na liquidez fiduciária e mantendo seu apelo como um hedge contra as finanças tradicionais.
A dissociação entre os dois pode impulsionar a atividade comercial em pares BTC/ETH listados nas principais bolsas, incluindo a Binance. Alguns traders acreditam que a dissociação pode apresentar novas oportunidades para capturar o valor relativo entre os dois tokens sem envolver o dólar. A demanda por opções no cruzamento BTC/ETH aumentou recentemente no espaço OTC, afirma Goyal.
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