“O futuro sombrio da pegada de carbono digital em 2050: previsões surpreendentes reveladas”

Estudo indica que impacto ambiental do digital na França pode quintuplicar até 2050

Um estudo realizado pela Agência de Meio Ambiente e Energia (ADEME) e pela Autoridade Reguladora das Comunicações Eletrônicas, Serviço Postal e Distribuição de Imprensa (Arcep) indica que, sem mudanças significativas, a emissão de gases do efeito estufa gerados pelo uso de aparelhos eletrônicos e de dados digitais na França pode aumentar em 45% até 2030. No entanto, caso medidas para a sobriedade digital e a prolongação da vida útil dos equipamentos sejam adotadas, é possível reduzir a pegada de carbono em até 16% no mesmo período.

O estudo ainda apresenta projeções de impacto em dois cenários para a neutralidade de carbono em 2050. No primeiro, chamado de “geração frugale”, a pegada de carbono do setor digital seria reduzida pela metade. Já no segundo, intitulado “Pari réparateur”, a emissão relacionada ao uso de tecnologias digitais poderia quintuplicar.

É importante lembrar que a ADEME apresentou outros dois cenários além desses. Em um deles, chamado de “cooperações territoriales”, a redução seria feita de maneira gradual e com mudanças mais suaves. Já no último cenário, “technologies vertes”, a solução estaria nas tecnologias verdes.

Efeitos para 2030

Segundo o estudo, se nada for feito para reduzir o impacto ambiental do setor, a quantidade de tráfego de dados deve aumentar em seis vezes e o de equipamentos eletrônicos em 65% até 2030, representando um aumento de 45% na emissão de gases do efeito estufa, além de um uso 14% maior de metais e minerais e um aumento de 5% no consumo de eletricidade relacionado ao uso digital.

Porém, ainda é possível reduzir a emissão de gases do efeito estufa em até 16% se mudanças para a sobriedade digital e a prolongação da vida útil dos aparelhos forem adotadas, aponta a ADEME.

Cenários para 2050

O estudo projetou dois cenários para neutralidade de carbono em 2050. No primeiro, a “geração frugale”, seria necessária uma mudança significativa em nossos hábitos, mas seria possível alcançar a neutralidade de carbono sem a necessidade de tecnologias de captura e armazenamento de carbono. Nesse cenário, a pegada de carbono seria reduzida pela metade em relação a 2020.

Já no cenário “Pari réparateur”, seria possível manter o estilo de vida atual, mas a pegada de carbono poderia aumentar cinco vezes. Em compensação, seria possível ter uma maior eficiência energética através da tecnologia e uma melhor gestão dos sistemas sociais e ecológicos com mais recursos materiais e financeiros, aponta a ADEME.

Deixe um comentário